segunda-feira, 24 de novembro de 2008

NAMORO NA INTERNET: ilusão ou desilusão?








Com a chegada da Internet e com ela os chats, salas de bate-papo, MSN e ORKUT, chegam as relações virtuais



Na realidade, cada dia que passa, mais pessoas se utilizam da internet para aumentar o círculo de amizade, namoro ou parceiros. Este fenômeno bastante recente é apresentado aos usuários muito profissionalmente por agências mundiais de relacionamentos virtuais ou por chats que estão saltando como uma inovação neste mundo. Muitos internautas buscam na web a pessoa que procuram para seu “final feliz”, aí entram os serviços on-line específicos para formar casais. Além das buscas, há também a casualidade: muitos simplesmente “encontraram” virtualmente com seus futuros parceiros, enquanto navegam por sites, redes sociais e blogs. No caso daqueles que procuram um parceiro pela web, podem ser problemáticas as situações em que os internautas querem manter os relacionamentos amorosos restritos ao ambiente virtual, sem levá-los para o mundo real.Na Internet as relações são muito boas, mas como todas têm que ser construídas! Algumas saem das teclas, do mundo virtual, e transformam-se numa amizade em tempo integral e real. Mas como é óbvio, e como acontece na vida real, a frustração de uma amizade não conseguida ou uma desilusão pode sempre acontecer. Uma vantagem na paquera virtual é que os internautas podem tentar novas abordagens sempre que uma não funcionar. Basta mudar a identidade. O romance virtual, quando não culmina em um encontro real, é apontado como evidência do medo das pessoas se relacionarem.O medo de relacionamentos novos é o tema do livro “Relações Virtuais”. Os autores acreditam, no entanto, que este modelo de comunicação pode aproximar as pessoas, uma vez que reduz os preconceitos entre os indivíduos, principalmente, aqueles ditados pelos padrões visuais. A aparência física deixa de ser a primeira referência. Por outro lado, os autores alertam para o fato de que, “não estando em contato direto com o ser amado, a paixão virtual é apenas um reflexo: ‘eu me apaixono por estar apaixonado’, ‘eu me apaixono por uma sensação’, em oposição a ‘eu me apaixono por uma pessoa’.


Pesquisas apontam


Segundo um estudo realizado com membros de sites de encontros, 94% dos internautas, que se encontra, pessoalmente após diversas trocas de e-mails ou conversas por chat, cosumam sair mais de uma vez.A pesquisa conduzida pelos doutores Jeff Gavin e Adrian Scott, da Universidade de Bath, e pelo doutor Jill Duffield, da Universidade de West of England, envolveu entrevistas online com 229 pessoas,com idade de 18 a 65 anos, que utilizaram sites de relacionamentos. Dos relacionamentos pesquisados, 39% ainda estavam em andamento durante o estudo e 24% haviam durado pelo menos um ano, sendo 8% pelo menos dois anos. Dentre os participantes que já haviam terminado com seus parceiros online no período da pesquisa,14% se relacionaram por mais de um ano e 4% por mais de dois anos. O estudo surpreendeu ao revelar que os homens são mais dependentes emocionalmente de seus ciberparceiros, do que as mulheres, e mais comprometidos com os relacionamentos.Apesar do potencial da web, os românticos à moda antiga não estão ultrapassados: a pesquisa ainda apontou que a troca de presentes era a melhor forma de assegurar o compromisso no relacionamento."Nós também observamos que as pessoas tímidas costumam evitar o uso de webcams porque sentem que é importante não ver seus parceiros por algum tempo-há algo de especial nos relacionamentos baseados em textos", avalia Gavin. O Dr. Gavin acredita que o uso de chats online e do telefone antes do "ao vivo" favorecem os relacionamentos pessoais porque são métodos de comunicação simultânea e menos formais do que o emaill.


É preciso antes de tudo



Mesmo que não se tenha a pretensão de usar serviços de namoro on-line, é necessário ter à mão o que você irá falar e o que não vale a pena ser falado na internet. Por segurança, é melhor não falar onde mora , por exemplo. Mas qualquer relacionamento, é bom pensar de antemão o que vai contar e o que não vai. Para facilitar o trabalho, você pode preencher um questionário num desses namoro-on-line da vida. Cada questionário é diferente, mas acaba perguntando a mesma coisa, "quem você é". É preciso responder um questionário para que tenha uma identidade formada. Algumas perguntas são básicas: idade, peso, altura, cor de pele, profissão e etc. Outras são mais elaboradas, tipo o que espera da mulher ideal. Qual a altura dela, idade, peso, se tem filhos, religião. Essa parte dá o que pensar um pouco. Tem a pergunta básica, do como vai, mas todas são mais ou menos iguais. A idade é um fator importante a se considerar. Existe as identidades falsas, e é importante saber que há adolescentes em quantidade se fazendo passar por adultos. Aliás, não só adolescentes se fazendo passar por adultos. Todo mundo se fazendo passar por todo mundo. O problema é a questão do perfil da pessoa que você quer e quais as que você topa. E saber também quem você é e o que você quer.

Uma história de amor



Ela tem 22 anos, ele 24. Ela morava em Atlanta nos Estados Unidos, ele em São Paulo. Se encontraram pela primeira vez no bate-papo da UOL , em julho de 2005. Em um dia já trocaram MSN , e por lá conversaram um ano e pouco. Teclando e falando por telefone todos os dias. Ela diz que no começo achava ele meio frio, sem graça, mas com o tempo foi pegando carinho muito grande. Eles não quiseram firmar compromisso pela internet, mesmo acreditando que iriam ficar juntos. Mas já existia lealdade.Passaram a gostar muito um do outro, queriam muito se ver. Ela tentou arrumar alguma maneira para que ele fosse para Atlanta, mas não teve jeito. Fizeram o que podiam, mas não deu certo. Enfim, ela criou coragem e resolveu deixar a sua casa, seu trabalho, sua mãe, seu carro, sua vida e veio para o Brasil na base da coragem. Acreditando que poderia dar certo, pelo fato de terem muita coisa em comum, veio para o Brasil. Chegando, ela ficou super nervosa, quase enfartou, quando viu ele ao vivo e cores em carne em osso, foi um susto tão grande , quis até se esconder. Ela ficou hospedada na casa dele, onde foi muito bem recebida pela família. Daí resolveram esperar um pouco, deram 3 dias para poderem conversar, olhar um para o outro, olho no olho. Mas já no segundo dia ele a segurou na parede e lhe deu um beijo. No dia 6 de outubro de 2006 ficou marcado o primeiro beijo que ele diz ter sido conquistado naquela hora pelo beijo dela. Daí em diante começaram a namorar. Viajaram juntos para a praia, conheceram vários motéis, varias suítes presidenciais. Eles já moram juntos a 2 anos e só esperam ela pegar seu Green-card para poderem ser casar. Pois ela já a pediu em casamento várias vezes e ela aceitou todas. Hellen Cristina e Hélio Almeida hoje podem afirmar que o amor que sente um pelo outro é mutuo e uma amizade verdadeira acima de tudo. E quanto a relacionamentos na internet eles até concordam que não se deve acreditar, mas pelo fato de ser perigoso , mas que tudo é possível. Helen afirma que não se arrepende do que fez, pois vale tudo para ser feliz é assim que ela se sente ao lado dele.

A coragem em arriscar-se


A Internet já se mostrou um poderoso instrumento não só na arte de seduzir, mas também de manter fortes vínculos amorosos. Mas apesar do suprimento de carinho, o levantamento de auto-estima da pessoa, entre outras coisas, o namoro pela Internet, às vezes, pode trazer sorte para a pessoa, mas só tentando para se ariscar. Com o exemplo, que pode ser citado, é que não existe idade para começar a se ter um relacionamento na Internet. Esther Galvão, 46 anos, mãe de 2 filhos, está se sentindo nas nuvens, pois em seus relacionamentos anteriores sofrerá desilusões. “Namoro, sim, na Internet e não tenho vergonha de dizer. Pelos menos estou me sentindo amada e encontrei alguém que gosta das mesmas coisas que eu. Estamos há um mês juntos e todos da minha família sabem e ninguém diz nada, porque todos acham legal e gostam de me ver feliz e também gostam dele”, conta. Esther, que conhece o namorado pela Internet, mas neste caso, um sabe o nome verdadeiro do outro e, segundo ela, não há receios em falar a verdade. Os dois ainda não se conhecem pessoalmente e nem sabem se é o caso de se conhecerem, pois se ela quer mesmo um namorado, ela encontra em sua cidade. “Na real, ele e eu nos damos muito bem e é muito cedo para se falar em se encontrar. Se for o caso, mais tarde, ai, sim, só o tempo poderá dizer. Acho legal que seja assim”, diz Esther que conversa com seu namorado virtual todos os dias, através dos programas de mensagem instantânea.
Para Esther a experiência está sendo muito legal, diferente e até engraçada, pois até ciúmes um do outro sentem. “A gente tem ciúmes um do outro. Mas esse tipo de relacionamento tem seu lado ruim. Não tem beijo na boca, nem mãos dadas, romance ‘tete a tete’, portanto não tem tato, cheiro, os carinhos e entre outras coisas ao qual sinto falta, mesmo assim eu gosto”. Esther garante que fazem muitas atividades juntos, por mais que falem somente pela Internet. Ela conta que pensam juntos, que falam sobre suas orquídeas, uma vez que ambos cultivam as flores e de outras plantinhas, que gostam de trocar figurinha direto sobre isso. “Fico feliz quando ele me conta que suas plantinhas brotaram em pleno inverno. Nosso relacionamento é muito engraçado. Começou assim, ele me observou por muitos dias no Chat ao qual participamos e acabou me procurando para me adicionar no MSN. Depois conversamos muito como amigos. As afinidades surgiram a ponto de trocarmos muitos trabalhos juntos, então passamos a ter mais afinidade, além das conversas terem ficado mais legais. Um dia ele me pediu em namoro. No início, achei estranho, mas topei porque nunca tinha tido uma experiência dessas e estávamos nos falando todos os dias, na hora do almoço e à noite quando ele chega do trabalho. Não sei no que vai dar, mas só sei que enquanto estiver bom, estarei com ele, mas se começar a pressionar, eu desligo ele dos meus contatos e pronto”, explica Esther. Ela ainda diz que a diferença de se namorar pela Internet e ao vivo e a cores, é que no mundo cibernético que as pessoas se escondem por medo de tudo.


Perigo iminente

Mas a pergunta é: namoro pela Internet é realmente perigoso, uma vez que há casos onde os relacionamentos acabaram dando certo fora da Internet? Para a psicóloga Raquel Vieira, o namoro pela Internet depende da pessoa, além de ser uma saída para pessoas mais retraídas e para aquelas que hoje já se encontram na casa dos 40-50 anos, até por ser uma experiência interessante entrar em sites de relacionamento. “Para pessoas que não têm paciência para sair à noite, também é uma saída procurar estes sites. Tem pacientes que chegaram a falar que encontraram homens que só queriam saber de sexo e que também encontraram homens que queriam algo mais sério e concreto. Tem pessoas que se inscrevem nestes sites para namorar mesmo, outras por causa do sexo e, geralmente, estes são os casados e também para sair apenas uma vez”, diz Maria. Conforme a psicóloga, esta é uma forma mais fácil que as pessoas encontraram para se relacionar com outras, principalmente para aquelas que chegam cansadas do trabalho à noite e não têm dinheiro para gastar com ida a barzinhos entre outros lugares. “A Internet você faz pagamento mensal e usa quantas vezes quiser. Os sites de namoro, alguns, também você paga uma taxa mensal que não é cara. Hoje você sai numa única noite para ir a um barzinho e gasta mais do que a Internet e a taxa do site juntos”, conta. Com relação ao lado perigoso deste tipo de relacionamento, a psicóloga disse que este existe, sim e que muitas vezes podem machucar com desilusão. A psicóloga afirma que os pontos negativos deste tipo de relacionamento são os riscos de se expor, de se relacionar com a pessoa e ao conhecê-la, pessoalmente, percebe que esta é o oposto do que era na Internet e tem a questão da pedofilia também. “A Internet é um prato cheio para psicopatas, apesar de ela ter seus lados bons. Até na Internet pode ocorrer a ilusão e a desilusão. Com relação à perversidade ao vivo e a cores, é mais fácil de se identificar, já que na Internet a pessoa não tem como saber, mas há caso que não existe isso, em que a pessoa que está do outro lado é realmente como na Internet. Tem gente que chega a usar outro nome e não fala a verdade sobre si com medo de se expor também”, explica.

Oi, de onde teclas??????
- Como você é????????

Geralmente é assim...O papo começa e vai pela madrugada afora, sem hora para terminar. Pode-se falar sobre trânsito ou até mesmo discutir filosofia. O assunto varia bastante. De repente, vai pintando um clima e o diálogo fica recheado de reticências (suspiros), exclamações ( felicidade, euforia) e emoticons.Você acha que encontrou a pessoa dos seus sonhos e não vê a hora de contactá-la de novo. Mas como saber se quem está do outro lado está sendo sincero? Você acha Para o estudante, Rômulo Lopes, 23, relacionamentos pela internet não passam de veracidade. “Pela internet você pode criar o biótipo que quiser, isso que gera a minha falta de interesse por esse tipo de relacionamento. Ele afirma que não matem namoros porque não acredita que isso possa dar certo. Rômulo já tentou manter relacionamentos pela internet ,mas somente por curtição. “Pra fazer justamente o que eu disse antes, passar por uma pessoa diferente do que eu sou”, ressalta. Rômulo cita que também já se relacionou amigavelmente no mundo virtual afim de saber sobre outras culturas do nosso país, mas só para obter uma troca de informações.Considero muito sortudos os casais se conheceram virtualmente e tiveram um final feliz”, declara. Rômulo alega que hoje em dia tá muito difícil encontrar um companheiro ao vivo e a cores, pior deve ser através da internet . “Pra mim não funciona porque não levo a sério”. Rômulo acredita somente em casos em que já se houve um contato de olho no olho, e depois que já encontrou várias vezes com a pessoa. “Posso até comunicar pelo MSN, mas só depois de ter um contato pessoalmente com a pessoa que estou me relacionando”.

Um comentário:

Julio Teixeira disse...

Tanto a arte de pensar quanto a de escrever se encontram aqui, na intert.
Namorar ainda é o velho e arcaico namorar.
Homem procurando a mulher, mulher procurando o homem.
Rntr um encontro e outro o mais importante é a síntese...
Um texto precisa ser curto e simples...
Já um beijo dever longo e profundo.